sábado, 28 de março de 2020

. Morris Weitz e a indefinibilidade da arte


Morris Weitz, um filósofo americano do século XX (1916-1981), defendeu que seria impossível definir arte. De uma forma muito simples, o filósofo entende que o conceito de arte é um "conceito aberto", isto é, um conceito cuja extensão poderá ser revisto a qualquer momento. Logo, por exemplo, que surja um novo objeto ou expressão artística que não se deixam explicar pela definição e assim nos obriguem a alargar o conceito. Como mostra, aliás, a longuíssima  história da arte, cujas galerias estão sempre "prontas" a admitir objetos surpreendentes, às vezes sem qualquer relação com o que a dada altura se considera ser arte. Dito de outro modo, segundo este filósofo todas as teorias teriam falhado quando tentaram determinar uma natureza comum a todas as obras de arte, exatamente porque tomavam o conceito de arte como um conceito fechado incapaz de incluir os objetos emergentes. O mesmo é dizer, para recuperarmos a nossa definição de definição, todas as teorias identificaram propriedades provavelmente necessárias para que possamos afirmar estar perante uma obra de arte, embora nenhuma dessas propriedades fosse suficiente.
Claro que Morris Weitz também foi criticado e as objeções à sua teoria não faltam. Para aprofundares o estudo da proposta do autor e das objeções de que foi alvo, deixo-te o artigo que se segue: https://criticanarede.com/contraweitz.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário