A teoria da forma significante
defende que as obras de arte genuínas produzem uma emoção estética no
espectador, ouvinte ou leitor. Esta emoção seria diferente das emoções da vida
quotidiana por não ter nada a ver com interesses práticos, por ser puro prazer,
fruição pura. Segundo os defensores desta teoria, a emoção estética é causada
por uma característica comum a todas as obras de arte: a forma significante. A
forma significante é uma certa relação entre as partes constituintes da obra de
arte, independentemente do tema. No caso da pintura, por exemplo, seria a
relação mais ou menos harmoniosa entre as cores, as formas, a textura, a
perspectiva, entre outros elementos plásticos. Trata-se, portanto, de uma
propriedade indefinível que os críticos sensíveis conseguem reconhecer.
Críticas à teoria da forma significante
A teoria da forma significante é
criticável, desde logo, porque só os críticos sensíveis é que estariam
habilitados para experimentar a emoção estética. Depois, a teoria é circular:
diz que a emoção estética é produzida por uma propriedade que produz emoção
estética, propriedade acerca da qual nada mais pode dizer-se. Ou seja, o que se
pretende explicar é usado na explicação. É a mesma coisa que explicar como
funciona um soporífero referindo a sua propriedade de provocar sono. Por
último, a teoria é irrefutável: pressupõe que todas as pessoas que apreciam uma
obra de arte sentem um único tipo de emoção, algo que dificilmente poderemos
demonstrar.
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