Platão e Aristóteles, embora com algumas diferenças entre si, concebiam a arte como exercício de imitação da natureza. Uma proposta que não dá conta nem da arte abstrata nem da arte meramente decorativa. Como acontece com a música instrumental, por exemplo, ou com a pintura que não refere nenhum objeto familiar, tal como acontece com os quadros de Malevich que se simbolizam/representam a si próprios.
Por essa mesma razão, os adeptos daqueles filósofos sugeriram que se substituísse a ideia de imitação pela ideia mais ampla de representação. A ideia é simples, uma vez que por representação se entende o ato pelo qual algo toma intencionalmente o lugar de outra coisa, mesmo que não a imite. Ou seja, se toda a imitação é representação nem toda a representação é imitação, como acontece com os sinais de trânsito que representam sem ilustrar. Ainda assim, os defensores desta teoria não estão isentos de crítica, uma vez que há obras de arte, como os monumentos ou os ready made, que nada representam. A não ser, pois claro, como sugerem outros ainda, é o caso de Nelson Goodman, que se representem a si próprias.
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