quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

. Argumentos não dedutivos: argumento por analogia


Os argumentos por analogia, em vez de multiplicarem exemplos que apoiem uma generalização, argumentam a partir de um caso ou exemplo específico para provarem que outro caso, semelhante ao primeiro em alguns aspetos, também é semelhante num outro aspeto determinado. Ou seja, pretende-se concluir que algo é de certo modo porque esse algo é análogo a outra coisa que é desse modo. Por exemplo:
Os professores são como os treinadores.
Os professores passam uma mensagem ao seu auditório.
Logo, os treinadores passam uma mensagem ao seu auditório.

Atenção: não confundir um argumento por analogia com a analogia propriamente dita. Uma analogia é uma semelhança entre coisas. Os argumentos por analogia baseiam-se nessas semelhanças, mas não são, eles mesmos, uma analogia. Como poderás constatar no exemplo acima, a primeira premissa é uma analogia. Tal como acontece em todos os argumentos por analogia: uma das premissas é sempre uma analogia.

Mais: para fazer um bom argumento por analogia não podemos partir de uma analogia qualquer. A analogia estabelecida nas premissas tem que ser mais plausível (mais forte) do que a hipótese colocada na conclusão. Ou seja, não devo partir da analogia entre duas coisas em que o número de diferenças entre elas é manifestamente maior do que as semelhanças. Quando isto acontece, quando as diferenças entre as duas coisas são mais importantes do que as semelhanças, diz-se que incorremos na falácia da falsa analogia. Como no exemplo que se segue:
O mundo é como uma casa.
Todas as casas têm um arquiteto.
Logo, o mundo tem um arquiteto - Deus.


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