terça-feira, 4 de dezembro de 2012

. Argumentos não dedutivos: a indução


O termo indução é normalmente utilizado para referir dois tipos de argumentos: a generalização e a previsão.

Fazemos uma generalização quando atribuímos a todo o universo de individuos pertencentes a um determinado grupo um conjunto de propriedades observadas apenas em parte desse grupo. Tal como acontece no exemplo que se segue:
Todos os corvos observados até hoje são pretos.
Logo, todos os corvos são pretos
Para que uma generalização seja válida tem de obedecer a algumas regras. Por exemplo, o número de casos em que se baseia tem de ser representativo ( se o universo for de 20 indivíduos não bastará observar 2) e não pode haver contra-exemplos (basta haver um indivíduo pertencente ao universo em questão que não exiba a propriedade generalizada). Caso contrário, incorremos na falácia da generalização precipitada ou abusiva. É o que acontece, por exemplo, quando afirmamos que "os portugueses fogem aos impostos" só porque alguns portugueses fogem aos impostos.

Numa previsão as premissas baseiam-se no passado e a conclusão é um caso particular não observado. Por exemplo:
Todos os corvos observados até hoje são pretos.
Logo, o próximo corvo que observarmos é preto.

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