A falácia da petição de princípio acontece quando admitimos nas premissas aquilo que pretendemos concluir. Isto é, quando usamos implicitamente a conclusão como premissa. Tal como acontece no exemplo que se segue: Deus existe porque é a Bíblia que o afirma e eu sei que isso é verdade porque foi Deus, afinal, quem a escreveu.
Reescrevamos o argumento segundo a forma premissa-conclusão e vejamos o que acontece:
A Bíblia é verdadeira porque Deus a escreveu.
A Bíblia diz que Deus existe.
Logo, Deus existe.
Para defender a afirmação de que a Bíblia é verdadeira, afirma-se que Deus a escreveu. Mas, como é óbvio, se Deus escreveu a Bíblia, então existe. Logo, o argumento assume/supõe precisamente o que se pretende provar.
Em termos gerais, este tipo de argumentos é sempre mau, embora dedutivamente válido, uma vez que a premissa nunca é mais plausível do que a conclusão.
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